Jonathan Edwards oferece sua explicação (Veja abaixo minha tentativa de reafirmá-lo.)

É muito consistente quando dizemos que Deus decretou cada ação do homem, sim, cada ação que ele toma que é pecaminosa e cada circunstância dessas ações.. . . e ainda assim, que Deus não decreta as ações que são pecaminosas como pecaminosas, mas [as] decreta como boas.



Não queremos dizer que decretar uma ação pecaminosa, seja o mesmo que decretar uma ação para que ela seja pecaminosa; mas ao decretar uma ação pecaminosa, quero dizer decretá-la em razão da pecaminosidade da ação. Deus decreta que será pecaminosa em razão do bem que ele faz surgir de tal pecaminosidade, enquanto que o homem a decreta pelo mal que há nela. (Coletânea nº85, parágrafo adicionado)
Em outras palavras, Deus pode decretar uma ação que é pecaminosa para um humano executar, porque ele a decreta por razões não-pecaminosas.



Um pecado só é pecaminoso por causa da atitude do coração que o executa. Quando humanos pecam, estamos por definição nos rebelando contra Deus. Mas ao ordenar o pecado humano, Deus não se rebela contra si mesmo. Pelo contrário, ele ordena nossos pecados com bons fins em mente, o que faz do ato de ordená-los não-pecaminoso, uma vez que a atitude de seu coração não é rebelde, mas justa.




Algumas expressões bíblicas que parecem sustentar este entendimento são Gênesis 50:20 e Romanos 11:32.



Por Jonathan Edwards. Original: edwards.yale.edu

Tradução: voltemosaoevangelho.com

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