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[DEVOCIONAL] John Piper – Orações à Hora das Refeições da Família Piper

Orações à Hora das Refeições da Família Piper
por John Piper
Escrevi as seguintes orações para usarmos nos horários de refeições em nossa família. Há uma oração longa e uma oração breve para cada uma das refeições diárias. As três orações longas têm sido de grande valor para nossa família durante muitos anos, e todos os nossos filhos conhecem de coração estas orações, de modo que são capazes de recitá-las juntos, sem as palavras escritas. Por exemplo, em agosto de 2001, quando Benjamim, nosso segundo filho mais velho, casou-se no Brasil, pediram-me que orasse em uma grande reunião familiar, em Fortaleza. Em vez de orar em minhas próprias palavras, disse: “Acho que gostaria de pedir a meus filhos (Karsten, Benjamim, Abraham, Barnabas, Talitha) que fizessem comigo e com minha esposa a oração que usamos durante os anos de crescimento deles”. Então, recitamos aquela oração, de memória. As pessoas sentiram-se tão comovidas pelo fato de que nossa família pôde recitar a oração em uníssono, sem ensaiar, que me pediu recitasse de novo, lentamente, aquela oração, para que eles a traduzissem, frase por frase, para o português. Isso foi um maravilhoso testemunho de Cristo para todas as pessoas que ali estavam.
Por isso, apresento-as aqui, não com a expectativa de que serão usadas, e sim com a expectativa de que elas despertarão sérias reflexões a respeito daquilo que realmente queremos que Deus faça nas horas de refeição, e que nos façam pensar sobre aquilo pelo qual somos verdadeiramente gratos.
Refeição matinal (breve)
Senhor Jesus, obrigado por este dia,
Pela noite de descanso,
Por esta refeição e pela maneira
Como sempre somos abençoados.
(Longa)
Nosso Pai, todos os dias nos dás
A comida com a qual nosso corpo sobrevive.
Por isso, agradecemos a Ti, de coração,
E rogamos que, no começo deste dia,
Permitas que nossos olhos vejam
Tua infinita generosidade
E que, estando assim satisfeitos,
Façamos somente aquilo que Tu desejas.
Refeição do meio-dia
(breve)
Senhor Jesus, obrigado por estes dons
E pelo que cada um deles revela.
Obrigado por tua benignidade que eleva
Nosso coração a louvores do meio-dia.
(Longa)
Pai, somos gratos por esta hora
Para sentarmos e extrairmos do teu poder
Demonstrado na chuva e no sol.
E derramado em cada grão de cereal.
Que esta refeição, produzida por Ti
E colocada graciosamente diante de nós,
Restaure nossa força nas próximas horas,
Para que sejas o senhor de todo o nosso poder.
Refeição vespertina
(breve)
Senhor Jesus, vem à nossa refeição
E abençoa para nós este alimento.
Onde a fé é fraca, revela, Senhor querido,
Que tudo que nos dás é bom.
(Longa)
Pai, quão fiel é o teu cuidado!
De novo e como sempre, eis a comida!
Novamente, tens colocado diante de nós
Uma refeição, e rogamos que signifique mais
Do que apenas pessoas supridas de alimento.
Senhor, faze que tenhamos disposição amável
E, enquanto renovas o nosso corpo,
Vem e alimenta também nossa união.
Extraído do livro:
Penetrado pela Palavra, de John Piper
Copyright: © Editora FIEL 2009.
O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.

John Piper – Porque Deus é justo em punir Jesus por nossos pecados?



Tradução e Legenda:Lucas da Silva Maria

John Piper – O Papel do Homem e da Mulher (2)





A MULHER NO MINISTÉRIO

OUSADIA NA CAUSA DA VERDADE


Você pode comprar esses videos ou fazer o download do audio no site da editora.

Por John Piper. © Desiring God. Website: desiringGod.org

Realização:
Editora Fiel. Website: editorafiel.com.br

Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que adicione as informações supracitadas, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.


John Piper – O Papel do Homem e da Mulher (1)





UM PANORAMA SOCIAL DE NOSSOS DIAS
LIDERANÇA E SUBMISSÃO NO LAR
Você pode comprar esses videos ou fazer o download do audio no site da editora.

Por John Piper. © Desiring God. Website: desiringGod.org

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[DEVOCIONAL] John Piper – Jó, o Homem Justo, e a Estrela de Rock


Jó, o Homem Justo, e a Estrela de Rock

Considerando o poder e a influência popular sobre os jovens
Quando Jó perdeu seus dez filhos, mortos por um vendaval que os esmagou (como os furacões que devastam e destroem em nossos dias), ele rasgou seu manto, rapou a cabeça, lançou-se em terra e adorou. E disse: “Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou;  bendito seja o nome do SENHOR!” (Jó 1.21) Depois, quando ferido de tumores em todo o corpo, Jó disse à sua esposa que amaldiçoava a Deus: “Temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal?” (Jó 2.10). Em ambos os casos, o autor do livro de Jó acrescenta que ele “não pecou” nestas afirmações ousadas a respeito da soberania de Deus sobre o vento, a enfermidade e Satanás (ver Jó 1.22; 2.10).
Neste sentido, quais são as principais influências para os jovens em nossos dias? Que mensagem está sendo transmitida a respeito do governo de Deus sobre todas as coisas, o direito de dar e tomar que Ele tem como Criador e sua autoridade para governar o mundo? Uma estrela de rock, filha de um pastor metodista da Carolina do Norte, sofreu aborto. À idéia de que este acontecimento doloroso estava na vontade de Deus, ela respondeu: “Se estava, então eu chutarei o traseiro dEle, porque não estou interessada em ‘seja feita a tua vontade’. Sendo mãe desta criança, eu quero a minha vontade e não a tua” (Foster’s Sunday Citizen, 15 de novembro de 1998).
Posteriormente, Jó falou sobre pessoas como sua esposa e essa estrela de rock. Eles são prósperos, não compreendem que sua própria respiração é um dom da graça que eles não merecem (Deus não é “servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais” — Atos 17.25). Tais pessoas não têm uma vida de gratidão contínua para com a paciência e a tolerância de Deus (“Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?” — Romanos 2.4). Acham que o prazer é a norma da vida e interpretam o sofrimento como uma ocasião para blasfemarem do Altíssimo. Jó diz a respeito deles: “São estes os que disseram a Deus: Retira-te de nós! Não desejamos conhecer os teus caminhos. Que é o Todo-Poderoso, para que nós o sirvamos? E que nos aproveitará que lhe façamos orações?” (Jó 21.14-15)
Que é o Todo-Poderoso, para que nós o sirvamos?
Essa é uma pergunta excelente, dependendo do tom de voz. Eis uma parte da resposta.
• Ele é razão por que você chegou a existir. “Nele, foram criadas todas as coisas” (Colossenses 1.16).
• Ele é a razão por que você continua existindo. Ele sustenta “todas as coisas pela palavra do seu poder” (Hebreus 1.3).
• Ele decide por que você existe e o faz cumprir os seus objetivos. “Tudo foi criado por meio dele e para ele” (Colossenses 1.16).
• Ele governa todas as autoridades que parecem tão influentes na terra. “Jesus Cristo… o Soberano dos reis da terra” (Apocalipse 1.5).
• Somente Ele tem autoridade para perdoar pecados. “Quem pode perdoar pecados, senão um, que é Deus? …o Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados” (Marcos 2.7, 10).
• Opor-se a Deus é tolice em extremo. “Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hebreus 10.31).
• Amar a Deus e aproximar-se dEle é sabedoria plena. “Na tua [de Deus] presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente” (Salmos 16.11). “Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros” (Tiago 4.8).
Portanto, com regozijo e tremor, humilhemo-nos sob a poderosa mão de Deus. O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã (Salmos 30.5). Os caminhos de Deus são, freqüentemente, estranhos. Mas, quando esses caminhos são estranhos, Jó é um exemplo melhor do que uma estrela de rock.
Devocional extraído do livro Provai e Vede, de John Piper.
Copyright: © Editora FIEL
Permissões: a postagem de trechos deste livro foi realizada com permissão da Editora Fiel. Se você deseja mais informações sobre permissões contate-os.

Paul Washer – Regeneração vs Decisionismo


Nesta impactante mensagem, Paul Washer nos faz observar a cultura caída que está ao nosso redor e nos leva a uma profunda meditação sobre nossos atuais métodos de evangelismo.


Por: Paul Washer © HeartCry Missionary Society | hcmissions.com
Tradução: voltemosaoevangelho.com
Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, seu ministério e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.

Igreja funciona dentro de casa nortuna

 
 Igreja funciona dentro de boate na rua Augusta  Rua Augusta, 486. Às 3h de um sábado, dezenas de pessoas se aglomeram em frente ao Clube Outs, uma das muitas casas noturnas da região.
Para entrar, é preciso enfrentar seguranças engravatados e desembolsar R$ 20. Lá dentro, flanelados, tatuados e emos dançam hits da música pop dos anos 1980 e 90.
No dia seguinte, por volta das 18h, a casa continua a mil. Mas as portas estão abertas a qualquer um. Sob a luz de holofotes, uma banda anima um público jovem. Num telão, letras de músicas sobre louvor e compaixão. No bar, as garrafas de Smirnoff e Heineken permanecem intocadas.
O show termina, e Junior Souza, 37, surge. Veste uma camiseta preta estampada com o símbolo matemático que representa o “diferente”, tem o antebraço tatuado e brinco na orelha.
Dá alguns avisos, indica o lugar onde fica a caixinha de contribuições e anuncia pelo microfone: “Agora a gente vai fazer um intervalo e já continua o culto, beleza?”.
A pausa serve para que os fiéis da Capital Augusta possam trocar ideias. A Capital, como os habitués a ela se referem, é uma igreja protestante, fundada em 2009 pelo pastor Junior. O grupo inicial era formado por músicos, designers e gente que “já vivia a vida da Augusta”, segundo o pastor, que é professor de inglês e dá aulas na Faculdade Teológica Metodista Livre.
Quando o intervalo termina, Junior, de frente para um laptop, começa a ler um versículo da Bíblia. Carismático, ele às vezes quebra a leitura e traduz um trecho sagrado para uma fala informal.
A maioria dos presentes ainda não chegou aos 30 anos. São jovens antenados, que compartilham sua fé no Facebook e no Twitter. No site da igreja, são disponibilizados podcasts religiosos.
Dono de um corpo tatuado, o skatista e publicitário Bidu Oliveira, 20, diz que sofreu preconceito em outras igrejas e ali encontrou uma comunidade. “O foco aqui é Jesus”, justifica.
A Capital permite a ingestão de bebidas alcoólicas, desde que com moderação. Sexo, melhor dentro do casamento. “O projeto ideal é a castidade, mas, se não é essa a sua realidade, vamos seguir o caminho da reparação”, aponta o pastor. Gays são bem-vindos. “Na Augusta, é natural que eles frequentem. Nosso slogan é: ‘Proibido Pessoas Perfeitas’.”
Além do culto no Outs, há reuniões semanais nas casas dos integrantes. “Ali dividimos as alegrias e frustrações da vida em SP”, diz Junior, um paranaense de Assis Chateaubriand.
Antes de chegar à capital, ele era ligado, no interior, a uma igreja Vineyard, associação criada na Califórnia dos anos 1970. Não gosta de ser chamado de evangélico. “Tenho vergonha do que esse termo se tornou no Brasil”, confessa.
O aluguel do imóvel na Augusta é bancado por 12 pessoas da liderança da Capital. O dinheiro das doações, segundo o pastor, vai para missões religiosas e outras instituições. Valentim Van der Meer, promoter da boate, diz que aceitou alugar o espaço por simpatizar com a igreja. “É o mesmo público que frequenta o Outs na balada.”
Por volta das 21h, o culto termina ao som de Metallica. Por uma coincidência irônica que só uma rua tão augusta pode permitir, a poucos metros dali, no número 501, fica o Inferno Club. “É legal ter uma igreja na porta do inferno, mas, infelizmente, ele não está acessível. Eles cobram o dobro do aluguel daqui”, diz o pastor, rindo.
Assista:
Fonte: Folha.com

Mais um do pastor Silas Malafaia

Silas Malafaia chama vereador de vagabundo e torna-se ‘persona non grata’ 


Após ser chamado de homofóbico por Ivaldo Rodrigues, líder do PDT na Câmara de Vereadores de São Luís, o pastor Silas Malafaia, presidente da Igreja Assembleia de Deus – Vitória em Cristo, afirmou que vai processar o pedetista e o classificou como “bandido”, “vagabundo” e “idiota”.

Leia também: Vereadores de São Luís tentam barrar título de cidadão honorário a Silas Malafaia


Em resposta ás declarações do pastor, a Câmara de Vereadores de São Luís arquivou um projeto de lei de homenagem á Malafaia e ainda aprovou uma moção de repúdio considerando-o, a partir de agora, “persona non grata” em São Luís.
A briga entre Malafaia e Rodrigues começou há aproximadamente duas semanas, quando o pedetista pediu vistas em um projeto de concessão de título de Cidadão Ludovicense apresentado pela vereadora evangélica Rose Sales (PCdoB). A homenagem seria concedida a Malafaia, mas o vereador afirmou que o pastor era homofóbico e não seria digno do título.
Nesta segunda-feira, o pastor reagiu às declarações do pedetista em um programa de uma rádio evangélica. No programa, o líder da Assembleia de Deus – Vitória em Cristo negou ser homofóbico. Ele argumentou que homofobia não é condenar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Para ele, homofobia é agredir, ferir ou matar homossexuais.
As críticas de Malafaia aumentaram o mal estar na Câmara de Vereadores. Nesta terça-feira, alguns vereadores que ainda eram favoráveis à homenagem ao pastor resolveram tirar seu apoio ao projeto de lei. A mesa diretora da Câmara também resolveu aprovar moção de repúdio considerando Malafaia com “persona non grata”.
Além disso, a Procuradoria da Câmara já estuda medidas judiciais contra o pastor pelas declarações. “Um homem que usa um palavreado e age dessa maneira desequilibrada não pode ser um homem de Deus”, rebateu Ivaldo Rodrigues em um programa de rádio de São Luís.
Na sexta-feira, Malafaia estará em São Luís para participar do evento “Vida Vitoriosa para Você”. A organização do evento espera reunir aproximadamente 100 mil pessoas. O líder da Igreja Assembleia de Deus – Vitória em Cristo fará dois cultos na capital do Maranhão.

 

Estamos Experimentando um Avivamento no Brasil?



O termo “avivamento” tem sido usado para designar momentos específicos na história da Igreja em que Deus visitou seu povo de maneira especial, pelo Espírito, trazendo quebrantamento espiritual, arrependimento dos pecados, mudança de vidas, renovação da fé e dos compromissos com ele, de tal forma que as igrejas, assim renovadas, produzem um impacto distinto e perceptível no mundo ao seu redor. Entre os exemplos mais conhecidos está o grande avivamento acontecido na Inglaterra e Estados Unidos durante o século XVIII, associado aos nomes de George Whitefield, João Wesley e Jonathan Edwards. Há registros também de poderosos avivamentos ocorridos na Coréia, China, África do Sul. Há vários livros que trazem o histórico dos avivamentos espirituais mais conhecidos.

“Avivamento” é uma palavra muito gasta hoje. Ela está no meio evangélico há alguns séculos. As diferentes tradições empregam-na de várias formas distintas. O termo remonta ao período dos puritanos (séc. XVII), embora o fenômeno em si seja bem mais antigo, dependendo do significado com que empregarmos o termo. O período da Reforma protestante, por exemplo, pode ser considerado como um dos maiores avivamentos espirituais já ocorridos.

Há diversas obras clássicas que tratam do assunto. Elas usam a palavra “avivamento” no mesmo sentido que “reavivamento”, isto é, a revivificação da religião experimental na vida de cristãos individuais ou mesmo coletivamente, em igrejas, cidades e até países inteiros. Vários puritanos escreveram extensas obras sobre o assunto, como Robert Fleming [1630-1694], The Fulfilling of the Scripture, Jonathan Edwards [1703-1758] em várias obras e um dos mais extensos e famosos, John Gillies [1712-1796], Historical Collections Relating to Remarkable Periods of the Success of the Gospel [Coleção de Registros Históricos de Períodos Notáveis do Sucesso do Evangelho].

Mas, não foi por ai que eu comecei. O primeiro livro que li sobre avivamento foi Avivamento: a ciência de um milagre, da Editora Betânia. Eu era recém convertido e o livro me foi doado por um pastor que percebeu meu interesse pelo assunto. O livro tratava do ministério de Charles Finney, que ministrou nos Estados Unidos no século XIX, e registrava eventos extraordinários que acompanhavam as suas pregações, como conversões de cidades inteiras. Além das histórias, o livro trazia extratos de obras do próprio Finney onde ele falava sobre avivamento. Para Finney, um reavivamento espiritual era o resultado do emprego de leis espirituais, tanto quanto uma colheita é o resultado das leis naturais que regem o plantio. Não era, portanto, um milagre, algo sobrenatural. Se os crentes se arrependerem de seus pecados, orarem e jejuarem o suficiente, então Deus necessariamente derramará seu Espírito em poder, para converter os incrédulos e santificar os crentes. Para Finney, avivamento é resultado direto do esforço dos crentes em buscá-lo. Se não vem, é porque não estamos buscando o suficiente.

As idéias de Finney marcaram o início de minha vida cristã. Hoje, muitos anos e muitos outros livros depois, entendo o que não poderia ter entendido à época. Finney era semi-pelagiano e arminiano, e muito do que ele ensinou e praticou nas reuniões de avivamento que realizou era resultado direto da sua compreensão de que o homem não nascia pecador, que era perfeitamente capaz de aceitar por si mesmo a oferta do Evangelho, sem a ajuda do Espírito Santo. As idéias de Finney sobre avivamento, principalmente o conceito de que o homem é capaz de produzir avivamento espiritual, influenciaram tremendamente setores inteiros do evangelicalismo e do pentecostalismo. Hoje, tenho outra concepção acerca do assunto.

Eu uso o termo avivamento no sentido tradicional usado pelos puritanos. E portanto, creio que é seguro dizer que apesar de toda a agitação em torno do nome, o Brasil ainda não conheceu um verdadeiro avivamento espiritual. Depois de Finney, Billy Graham, do metodismo moderno e do pentecostalismo em geral, “avivamento” tem sido usado para designar cruzadas de evangelização, campanhas de santidade, reuniões onde se realizam curas e expulsões de demônios, ou pregações fervorosas. Mais recentemente, após o neopentecostalismo, avivamento é sinônimo de louvorzão, dançar no Espírito, ministração de louvor, show gospel, cair no Espírito, etc. etc. Nesse sentido, muitos acham que está havendo um grande avivamento no Brasil. Eu não consigo concordar. Continuo orando por um avivamento no Brasil. Acho que ainda precisamos de um, pelos seguintes motivos:

1. Apesar do crescimento numérico, os evangélicos não têm feito muita diferença na sociedade brasileira quanto à ética, usos e costumes, como uma força que influencia a cultura para o bem, para melhor. Historicamente, os avivamentos espirituais foram responsáveis diretos por transformações de cidades inteiras, mudanças de leis e transformação de culturas. Durante o grande avivamento em Northampton, dois séculos atrás, bares, prostíbulos e casernas foram fechados, por falta de clientes e pela conversão dos proprietários. A Inglaterra e a Escócia foram completamente transformadas por avivamentos há 400 anos.

2. Há muito show, muita música, muito louvor – mas pouco ensino bíblico. Nunca os evangélicos cantaram tanto e nunca foram tão analfabetos de Bíblia. Nunca houve tantos animadores de auditório e tão poucos pregadores da palavra de Deus. Quando o Espírito de Deus está agindo de fato, ele desperta o povo de Deus para a Palavra. Ele gera amor e interesse nos corações pela revelação inspirada e final de Deus. Durante os avivamentos históricos, as multidões se reuniam durante horas para ouvir a pregação da Palavra de Deus, para ler as Escrituras, à semelhança do avivamento acontecido na época de Esdras em Israel, quando o povo de Deus se quedou em pé por horas somente ouvindo a exposição da Palavra de Deus. Não vemos nada parecido hoje. A venda de CDs e DVDs com shows gospel cresce em proporção geométrica no Brasil e ultrapassa em muito a venda de Bíblias.

3. Há muitos suspiros, gemidos, sussurros, lágrimas, olhos fechados e mãos levantadas ao alto, mas pouco arrependimento, quebrantamento, convicção de pecado, mudança de vida e santidade. Faz alguns anos recebi um convite para pregar numa determinada comunidade sobre santidade. O convite dizia em linhas gerais que o povo de Deus no Brasil havia experimentado nas últimas décadas ondas sobre ondas de avivamento. “O vento do Senhor tem soprado renovação sobre nós”, dizia o convite, mencionando em seguida como uma das evidências o surgimento de uma nova onda de louvor e adoração, com bandas diferentes que “conseguem aquecer os nossos ambientes de culto”. O convite reconhecia, porém, que ainda havia muito que alcançar. Existia especialmente um assunto que não tinha recebido muita ênfase, dizia o convite, que era a santidade. E acrescentava: “Sentimos que precisamos batalhar por santidade. Por isto, estamos marcando uma conferência sobre Santidade...” Ou seja, pode haver avivamento sem santidade! Durante um verdadeiro avivamento, contudo, os corações são quebrantados, há profunda convicção de pecado da parte dos crentes, gemidos de angústia por haverem quebrado a lei de Deus, uma profunda consciência da corrupção interior do coração, que acaba por levar os crentes a reformar suas vidas, a se tornarem mais sérios em seus compromissos com Deus, a mudar realmente de vida.

4. Um avivamento promove a união dos verdadeiros crentes em torno dos pontos centrais do Evangelho. Historicamente, durante os avivamentos, diferenças foram esquecidas, brigas antigas foram postas de lado, mágoas passadas foram perdoadas. A consciência da presença de Deus era tão grande que os crentes se uniram para pregar a Palavra aos pecadores, distribuir Bíblias, socorrer os necessitados e enviar missionários. Em pleno apartheid na África do Sul, estive em Kwasizabantu, local onde irrompeu um grande avivamento espiritual em 1966, trazendo a conversão de milhares de zulus, tswanas e africaners. Foi ali que vi pela primeira vez na África do Sul as diferentes tribos negras de mãos dadas com os brancos, em culto e adoração ao Senhor que os havia resgatado.

5. Um avivamento dissipa o nevoeiro moral cinzento em que vivem os cristãos e que lhes impede de ver com clareza o certo e o errado, e a distinguir um do outro. Durante a operação intensa do Espírito de Deus, o pecado é visto em suas verdadeiras cores, suas conseqüências são seriamente avaliadas. A verdade também é reconhecida e abraçada. A diferença entre a Igreja e o mundo se torna visível. Fazem alguns anos experimentei um pouco disso, numa ocasião muito especial. Durante a pregação num domingo à noite de um sermão absolutamente comum em uma grande igreja em Recife fui surpreendido pelo súbito interesse intenso das pessoas presentes pelo assunto, que era a necessidade de colocarmos nossa vida em ordem diante de Deus. Ao final da mensagem, sem que houvesse apelo ou qualquer sugestão nesse sentido, dezenas de pessoas se levantaram e vieram à frente, confessando seus pecados, confissões tremendas entrecortadas por lágrimas e soluços. O culto prolongou-se por mais algumas horas. E era um culto numa igreja presbiteriana! O clima estava saturado pela consciência da presença de Deus e os crentes não podiam fazer outra coisa senão humilhar-se diante da santidade do Senhor.

6. Um avivamento espiritual traz coragem e ousadia para que os cristãos assumam sua postura de crentes e posição firme contra o erro, levantando-se contra a tibieza, frouxidão e covardia moral que marca a nossa época.

7. Um avivamento espiritual desperta os corações dos crentes e os enche de amor pelos perdidos. Muitos dos missionários que no século passado viajaram mundo afora pregando o Evangelho foram despertados em reuniões e pregações ocorridas em tempos de avivamento espiritual. Os avivamentos ocorridos nos Estados Unidos no século XIX produziram centenas e centenas de vocações missionárias e coincidem com o período das chamadas missões de fé. Em meados do século passado houve dezenas de avivamentos espirituais em colégios e universidades americanas. Faz alguns anos ouvi Dr. Russell Shedd dizer que foi chamado para ser missionário durante seu tempo de colégio, quando houve um reavivamento espiritual surpreendente entre os alunos, que durou alguns dias. Naquela época, uma centena de jovens dedicou a vida a Cristo, e entre eles o próprio Shedd.

Não ignoro o outro lado dos avivamentos. Quando Deus começa a agir, o diabo se alevanta com todas as suas forças. Avivamentos são sempre misturados. Há uma mescla de verdade e erro, de emoções genuínas e falsas, de conversões verdadeiras e de imitações, experiências reais com Deus e mero emocionalismo. Em alguns casos, houve rachas, divisões e brigas. Todavia, pesadas todas as coisas, creio que um avivamento ainda vale a pena.

Ao contrário de Finney, não creio que um avivamento possa ser produzido pelos crentes. Todavia, junto com Lloyd-Jones, Spurgeon, Nettleton, Whitefield e os puritanos, acredito que posso clamar a Deus por um, humilhar-me diante dele e pedir que ele comece em mim. Foi isso que fizeram os homens presbiterianos da Coréia em 1906, durante uma longa e grave crise espiritual na Igreja Coreana. Durante uma semana se reuniram para orar, confessar seus pecados, se reconciliarem uns com os outros e com Deus. Durante aquela semana Deus os atendeu e começou o grande avivamento coreano, provocando milhares e milhares de conversões genuínas meses a fio, e dando início ao crescimento espantoso dos evangélicos na Coréia.

Só lamento em tudo isso que os abusos para com o termo “avivamento” tem feito com que os reformados falem pouco desse tema. E pior, que orem pouco por ele.