Sola gratia, sola fide, solus Christus, sola scriptura, soli Deo Gloria.

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Cem por cento de Conversões


Metodologia pode regenerar homens?




Qual foi o missionário mais eficaz da história? Que métodos ele usou? Como ele obteve sucesso absoluto? Que abordagem o levou a esse sucesso?



Em que a história do missionário mais eficaz da história do povo de Deus pode nos ajudar hoje? Onde a história dele nos faz colocar nossa confiança na regeneração, na transformação de homens em novas criaturas?


Na verdade sua história proclama e ensina o poder do Chamado Eficaz ou um novo método desenvolvido por ele? Um método novo e eficaz?


Conseguir a taxa de cem por cento de conversão é algo único. Pregar e uma cidade inteira se converter, não só é algo único, mas também nos mostra onde está o poder que regenera os homens.


O sucesso dele está ligado a algum método? Está ligado a alguma abordagem perspicaz? Está, para usar a palavra da moda, na boa ‘contextualização’ que ele fez? Ele depois disso escreveu algum livro recomendando seu método, atribuindo assim ao método, o sucesso obtido? Como fazer uma cidade inteira se transformar na igreja – seria um bom título?


Não! Ele era um cara muito estranho. Não gostava do que fazia, não gostava das pessoas para quem pregava, torcia para que elas não se convertessem... A mensagem foi curta, não foi simpática, não foi contextualizada. Então você pergunta: “como ele pode ter sido o missionário mais eficaz?”



A mensagem dele era: “Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida” (Jonas 3.4). Pelo menos temos que admitir que foi bem objetiva e sucinta.  Diga a verdade, você esperaria que uma mensagem assim poderia produzir algum efeito no coração de um povo que era de uma cultura completamente diferente da dele (Assíria)? Sem uma contextualizada pelo menos?


Os Assírios estavam nas trevas do paganismo. Eles eram uma potência militar que oprimia Israel (eis o motivo do ódio do missionário por eles) – como isso poderia dar certo? Que método de abordagem e contextualização (de algum escritor famoso) você usaria na cidade de Nínive e conseguira o sucesso completo que Jonas conseguiu? Se conhecer algum que ache que funcionaria, por favor mande para meu email ( davidhendric@hotmail.com ) - estou louco para conhecer.



O que pode ter feito a diferença de tal maneira que nunca mais ninguém conseguiu a taxa de sucesso de Jonas? Como eu disse, os Assírios eram pagãos, não tinham nenhum conhecimento de Deus e do ‘jargão’ judaico de culto. Nínive não ouviu um grupo de missionários durante muito tempo, mas apenas um missionário por um tempo curtíssimo, com uma mensagem curtíssima e extremamente dura. Não parece a receita para ninguém se arrepender verdadeiramente, pelo contrário, parece o passo a passo para o fracasso.


Nínive ouviu aquele profeta apenas uma vez, ao ar livre, e com um sermão monótono. Nínive não ouviu nenhuma palavra de boas-novas. Nínive ouviu apenas o trovão da Lei que os condenava e nada mais.  O incrível é que a obediência (como nunca antes e nunca mais depois) foi imediata, universal, prática e aceitável ao coração de Deus de tal maneira que toda a cidade foi poupada.


Quanto mais você olha a mensagem mais você crê no Chamado Eficaz!  – A mensagem do profeta não foi encorajadora.



1.     A mensagem não proclamava nenhuma promessa de perdão.
2.     A mensagem sequer mencionou o arrependimento – essa palavra não estava lá. Em conseqüência, não ofereceu esperança para ninguém, mesmo que por acaso estivessem com corações penitentes.
3.     A mensagem predisse ruína esmagadora debaixo da ira de Deus ( Um Deus que não era conhecido pelos Assírios – e nem foi sua mensagem ‘contextualizada’ para eles) – É óbvio que Jonas falou com palavras que todos podiam entender “Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida” – mas quando se fala hoje em contextualizar, não é falar numa linguagem clara que todos os homens racionais possam entender. É muito mais do que isso. E pior ainda - é utilizar paixões e preferências que os homens já tem para tentar ‘regenerá-los”.  A mensagem foi esmagadora e final “Nínive será subvertida”. A mensagem começou e terminou ameaçando.
4.     A mensagem mencionou uma data se que aproximava velozmente: “Ainda quarenta dias”.



O profeta não ajudou em nada na esperança daquelas pessoas. Jonas não foi um pastor amável, terno, ansioso por ver conversões, desejoso em resgatar ovelhas perdidas...


Jonas não gostava do ministério em que estava engajado. Ele havia fugido para não pregar aquele povo. Ele não queria que eles se salvassem. Ele desincumbiu a tarefa, sem dúvida, de forma áspera e dura.


Jonas não proferiu nenhuma palavra de amor simpático, pois ele não tinha nenhuma simpatia por eles. Ele desconhecia, naquele lugar, um coração amoroso que prega.


Jonas não fez nenhuma oração sincera, amorosa ou cheia de compaixão por aquela cidade. Pior do que não ter orado, ele ficou enfurecido quando o povo começou a se arrepender. Ele ficou irado com a idéia da cidade ser poupada por causa de um arrependimento sincero de todas as pessoas. No entanto toda a cidade se converteu. Se converteu de tal maneira que serviu de exemplo de arrependimento nos lábios de Jesus contra a própria nação de Israel. Toda a cidade de Nínive se arrependeu do maior ao menor. Do rei ao mais pobre súdito. Não é inacreditável? Nunca mais um missionário conseguiu tamanho sucesso – 100%!!!! – Nós vibraríamos de alegria! – mas Jonas ficou tão triste que pediu a morte.



O que é isso? (Mesmo contra toda má vontade do profeta) Isso fala sobre o que é regeneração – uma operação miraculosa e soberana do Espírito Santo: “Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus”. (Jo 1.13) – Isso é chamado Eficaz. Contra toda perspectiva, contra o desejo do próprio pregador – Porque “assim Deus quis”. Isso não traz nenhuma justificativa ao profeta imaturo que Jonas era – ele foi terrivelmente confrontado por Deus – Pois apesar de fazer o que Deus mandou – não fez como Deus mandou. Mas a regeneração foi e é uma obra de Deus. Não 95% de Deus e 5% creditada ao homem e suas estratégias. Estratégias humanas – como com Abraão – só podem gerar filhos da carne como Ismael e não filhos da Promessa como Isaque.





Olhe rapidamente um exemplo oposto – Jesus. Que coração terno, que coração interessado nos pecadores, que amor perfeito, que entrega total, que obediência ao Pai. O Pai o enviou – ele não fugiu como Jonas – o coração de Cristo é cheio de amor salvador. Ele não estava numa terra estrangeira. “Ele veio para o que era seu...”


Ele pregou cheio de amor como só o Salvador, o Cordeiro de Deus pode ter. Ele pregou em sua cidade, na sua cultura. Qual foi o resultado? O oposto ao de Jonas. Não cem por cento, mas ninguém. Jesus pregou da maneira mais perfeita que um homem pode pregar – quem poderia pregar melhor, mais perfeitamente, com um coração mais puro e íntegro que o próprio Filho e Cordeiro de Deus?



Será que Jesus errou em sua abordagem? Será que errou na ‘contextualização’? Será que Jesus falhou com sua cidade em pregar de uma maneira que eles entendessem? Será que ele devia sentar e pensar numa nova abordagem? Numa nova estratégia? Uma estratégia para os jovens da sua cidade – Ele mesmo era jovem! Quem sabe uma outra estratégia para os adultos mais velhos? Será que ler algum livro dos nossos dias sobre esses temas o teriam ajudado a ser um pregador mais relevante? Afinal, por que ninguém creu?
Poderíamos fazer coro com o profeta: “Quem deu crédito a sua pregação?” – Jesus pregou e fez milagres inacreditáveis em Cafarnaum – Eles viram coisas e ouviram uma mensagem que nem de longe o povo de Nínive ouviu e viu – e o resultado foi o oposto.



Não precisamos quebrar a cabeça para saber o motivo. Não precisamos pensar que se Jesus lesse algum livro sobre contextualização Ele poderia ser mais eficiente em Cafarnaum. Qual é a resposta do próprio Jesus a essa cidade que não creu, agindo de maneira oposta a de Nínive com a dura e insensível mensagem de Jonas? Jesus orou. O que Ele diz em sua oração? Seria: “Ó Pai, me dê uma nova estratégia. Me capacite contextualizar a mensagem de tal forma que ela seja mais eficaz e relevante para Cafarnaum”. Não! Essa poderia ser a oração da nossa geração – que acredita na capacidade humana de ter estratégias que podem ressuscitar os que estão mortos espiritualmente.


Como Jesus orou? “Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, pois assim foi do teu agrado (Mt 11.25).



Ah!Ele pregou a Verdade e confiava na Soberania do Pai! Por que não fazemos o mesmo? – seremos mais eficazes colocando sobre nós uma atribuição – Ressuscitar mortos – que só pertence a Deus? Diz a verdade, você conhece métodos que poderiam ser empregados agora no cemitério mais perto da sua casa que ressuscitasse os cadáveres que lá estão? A morte espiritual amigo, é algo muito mais profundo que a física – como pode então métodos trazerem vida? Jesus quando andou aqui como um homem, pregou a verdade e deixou com a soberania do Pai ressuscitá-los ou não. Isto não é a única coisa sábia a ser feita? Não é arrogância ir além disso?
Por ‘acaso’ no livro de Jonas está um dos  versos famosos na proclamação da Soberania de Deus nas doutrinas da Graça: “Do Senhor vem a Salvação!”.


Preguemos tão sabiamente como Jesus fez. Preguemos tão amorosamente como Jesus fez. Preguemos com toda fidelidade a Verdade de Deus mesmo quando ao homem natural ela não pareça ser o melhor método para ‘ganhar homens’ – e depois oremos como o Filho de Deus: “Graças te dou, ó Pai... Sim, ó Pai, pois assim foi do teu agrado” – E Cafarnaum não havia crido.


Obs: Métodos humanos podem conseguir adesão? Não há a menor dúvida, basta olharmos como todas as religiões estão cheias de homens contando alguma experiência. Mas a pergunta é: Pode regenerar homens? Pode produzir novo nascimento?



                                                                                           Soli Deo Gloria!!

Todo o Mundo é culpado - Francis Schaeffer (1912 - 1984 )





Paulo falou dos gentios como pessoas condenáveis aos olhos de Deus (1.18—2.16); ele falou dos judeus gentios como pessoas condenáveis aos olhos de Deus (2.17—3.8). Agora ele reúne ambos para mostrar que todas as pessoas de todos os lugares encontram-se na mesma condição diante de Deus:

Que se conclui? Temos nós qualquer vantagem? não, de forma nenhuma; pois já temos demonstrado que todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado. (3.9)

Paulo equiparar judeus e gentios dos seus tempos pode ser equivalente a equiparar cristãos professos e ateus hoje em dia. E quando eu comento esta passagem com as pessoas, elas muitas vezes perguntam: "O que você quer dizer com isso? Você está dizendo que um membro de uma igreja cristã é tão culpado aos olhos de Deus quanto aquele horrível comunista ou ateu ali?" E Deus está dizendo através de Paulo "Sim, ele é!".

Podemos ficar tão irritados, e com justa indignação, com as pessoas que abertamente negam a existência de Deus. Não é difícil para nós concordarmos que eles precisam desesperadamente de salvação e nos consideramos extremamente virtuosos por reconhecer o pecado deles. Mas quando Paulo se vira para nós e diz que, aos olhos de Deus, nós também precisamos de salvação, então a nossa reação emocional é totalmente diferente. Certamente seria forte a reação dos judeus que leram Paulo contra a afirmação de que os judeus não são em nada melhores do que os gentios aos olhos de Deus. Paulo, prevendo essa reação forte, põe um ponto final no assunto, citando um trecho da sua própria Bíblia, o Antigo Testamento.

Como está escrito: Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. (3.10-12)

Não é Paulo que diz serem todos os seres humanos pecadores. Citando os Salmos 14.1-3 e 53.1-3, ele mostra que o Antigo Testamento, a Bíblia dos seus leitores judeus, diz a mesma coisa. E como vimos anteriormente, Isaías também o diz: "Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos" (Is 53.6). A pessoa sem a Bíblia não seguiu totalmente seus próprios princípios e merece, assim, a ira de Deus. Mas aqueles de nós, que têm a Bíblia, a qual estabelece padrões morais ainda mais altos, também não foram capazes de seguir esses princípios. Não é uma abstração teológica vinda de algum estado de espírito metafísico. A corrupção moral é conseqüência de desejos imorais individuais. Paulo descreve uma tragédia concreta a respeito de desejos pecaminosos, e não um estado ou conceito humano.

Esta concepção da universalidade do pecado é o maior e mais genuíno "nivelador" da humanidade. Jesus a enfatizou mais de uma vez. Toda vez que as pessoas apontavam para alguém, dizendo "olhe só aquele pecador", Jesus sempre deixava claro que todas as pessoas são igualmente pecadoras. Diante de Deus, todas estão no mesmo nível.

Essas palavras de Paulo são bastante concretas, e também são bem pessoais. Nós já vimos este seu estilo muito pessoal antes, quando ele dizia "Por isso és indesculpável, ó homem" (2.1). E as suas colocações em 3.10-12 não são menos pessoais. Pois, se "não há justo", então eu não sou justo; se "não há quem entenda... ninguém que busque a Deus" da forma pela qual se deve buscar a Deus, então eu não entendo e não busco a Deus, da forma como deveria. Se "todos se extraviaram", então isto inclui a mim - eu me desviei do caminho. Se não há absolutamente quem faça o bem, "nem um sequer", então eu também não faço bem algum. Se todos os humanos são sem exceção moralmente corruptos, então eu também sou moralmente corrupto, não interessa quanto eu me considere bom.

Mesmo aqueles de nós que aceitamos Cristo como Salvador não deveríamos jamais pensar no pecado como uma abstração. Todas as pessoas são moralmente corruptas. Nenhum de.nós está em condições de imaginar o pecado do ponto de vista dos outros. Como vimos em Efésios, todos nós já fomos "por natureza Filhos da ira" (Ef 2.3) algum dia. É neste lugar que cada um de nós tem vivido. Este é o abismo que estivemos cavando. É isso que nós somos.

Os cristãos muitas vezes comentam o quanto ficaram "chocados" por terem observado este ou aquele comportamento. Nós nunca deveríamos hesitar em denunciar algo quando está errado. Mas como podemos ficar "chocados" ou surpresos com os pecados dos outros, se nós mesmos somos igualmente corruptos aos olhos de Deus Se realmente entendemos o quanto todos nós somos pecaminosos aos olhos de Deus, então estaremos em condições de compreender que estamos no mesmo nível que o resto das pessoas. Do ponto de vista da nossa natureza pecaminosa, estamos todos reduzidos às mesmas proporções.

Paulo fez desta questão da pecaminosidade humana algo pessoal, incluindo-se na discussão. Ele não estava dizendo "Serão os judeus melhores que os gentios?" Ele estava dizendo "Será que somos melhores do que eles?" (3.9). Ele se identifica a si mesmo com os seus companheiros judeus. "Seria eu, seríamos nós melhores do que eles?" pergunta ele. E a resposta é: "Não. Nós, inclusive eu, não somos melhores do que eles".

A citação que Paulo faz do Antigo Testamento certamente teria ar-rasado os seus leitores judeus - e, por extensão, também os leitores cristãos de hoje. Como alguém pode sentir que está em numa posição confortável diante do Deus santo, só pelo fato de ter uma Bíblia, se a Bíblia mesmo diz que ninguém é justo? Todo aquele que tentar se autojustificar acabará levando só pedradas depois do versículo 12. Nin¬guém está a salvo só porque se escondeu debaixo das asas protetoras do Judaísmo - ninguém está a salvo só por estar debaixo das mesmas asas do Cristianismo. Ninguém é justo, "nem um sequer".
Será que isto significa que estamos todos além da esperança? Se todos somos assim tão moralmente corruptos aos olhos de Deus, será que resta alguma esperança para nós? Lembre-se de que neste ponto, em sua carta aos Romanos, Paulo ainda está pregando "a primeira metade do evange¬lho"; ele continua tentando mostrar que todas as pessoas necessitam de salvação. Não se esqueça do pressuposto disso tudo: "não me envergo¬nho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação" (1.16).

"Mas por que eu preciso de salvação?"
"Porque você está sob a ira de Deus."
"E por que eu estou sob ira de Deus?"

Paulo está respondendo a esta questão na primeira metade do seu comentário ao evangelho (1.18—3.20), e ele prossegue em 3.13, traçando um quadro assustador da raça humana.

A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios, a boca eles a têm cheia de maldição e de amargura; são os seus pés velozes para derramar sangue, nos seus caminhos há destruição e miséria; desconheceram o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus olhos. (3.13-18)

Que terrível quadro Paulo está apresentando da raça humana dos seus próprios dias. E poderíamos supor que a humanidade de hoje es¬teja de alguma maneira melhor? Será que a humanidade "progrediu" em termos de moralidade - como tantos querem nos fazer acreditar7 A Palavra de Deus certamente diria "Não, nem um sequer!" Podemos até estar progredindo em certo sentido, mas não quanto à nossa postura moral diante de Deus. Não devemos ousar tratar o assustador quadro de Paulo como se fosse uma abstração qualquer. É assim que nós, humanos, somos, e é assim que um Deus santo nos vê.

Ora, sabemos que tudo o que a lei diz aos que vivem na lei o diz, para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus, visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado, (3.19-20)

Paulo está agora partindo para a conclusão do seu discurso con¬tra os judeus; mas, da mesma forma como ele tem feito desde o versículo 9, ele vai progressivamente estendendo sua análise para incluir toda a humanidade. Uma vez que nem um sequer, não impor-ta se judeu ou gentio, está guardando a lei de forma perfeita, a única conclusão possível é que toda a humanidade apresenta-se culpada diante de Deus e sujeita ao um devido julgamento. "Visto que... por obras da lei..." Paulo está se referindo não apenas à Lei de Moisés, mas a boas obras de qualquer tipo: "visto que ninguém será justificado diante dele por [boas] obras da lei". O sentido do grego original é ainda mais forte: "Nenhuma carne jamais será... nenhuma carne pode-

rá jamais ser justificada". Todos aqueles que não têm a Bíblia serão julgados de acordo com o padrão perfeito de Deus, com base no juízo que cada um faz dos outros, como vimos em 2.1. Ninguém jamais poderá dizer "segui completamente o padrão, de acordo com o qual eu julguei os outros". E, em seguida, vem o judeu e diz "está certo, acontece que nós temos a Bíblia". E Deus responde: "É verdade, mas também é verdade que você não a seguiu". Portanto, a conclusão a que chegamos é que a nossa situação é simplesmente caótica. "Visto que ninguém [jamais] será justificado diante dele [de Deus] por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado".

Chegamos assim ao final da apresentação de Paulo da "primeira metade do evangelho". Ele levou a maior parte do primeiro capítulo, todo o segundo capítulo e grande parte do terceiro capítulo para nos mostrar que precisamos da salvação. O que ele ainda não nos con¬tou foi como ser salvo. A palavra salvação ocorreu somente uma vez, em um dos versículos-chave: "Pois não me envergonho do evange-lho, porque é o poder de Deus para a salvação" (1.16). Quer seja no mundo grego e romano humanista, quer no humanismo do século 20, por toda parte ouvimos a mesma queixa: "Por que eu preciso de salvação?" As pessoas podem até ter todo o tipo de opiniões sobre se Deus existe ou como ele é se ele realmente existir, mas quando elas ouvem falar que Deus diz que devem ser salvas, elas geralmente têm objeções.

É interessante notar que as pessoas não rejeitam o Existencialismo . da mesma forma como rejeitam o Cristianismo. O existencialista diz que todas as pessoas estão perdidas. O existencialista diz que todas as pessoas estão condenadas. O existencialista diz que não há esperança alguma. Cínicos e niilistas de todos os tipos dizem que não há esperança na vida, a vida é complicada, a vida é impossível, o homem é um zero à esquerda. E é aí que o Cristianismo difere radicalmente do Existencialismo e eis porque as pessoas têm uma reação assim tão forte contra o Cristianismo, mas não contra o Existencialismo. O Existencialismo diz que o homem é um zero à esquerda e que está irremediavelmente perdido. Já o Cristianismo diz que o homem está perdido sim, não pelo que ele é, mas devido à forma pela qual ele resolveu agir, por livre e espontânea vontade. Se um homem é condenado pelo que ele é, você não poderia dizer que ele está errado - ele é apenas patético. Mas o Cristianismo diz que o homem não ê patético. Na verdade, o homem é uma maravilhosa criação de Deus. Acontece que ele Lambem é um-ser rebelado contra' Deus e merece a ira de Deus. O homem não é um ser patético, o homem é um ser rebelde. Não é como se o homem estivesse desesperadamente preso em uma rede da qual não tivesse como escapar; ele está preso numa rede, certo, mas ele está lá por opção própria. E se homens e mulhe-res estão presos nesta rede por escolha própria, diz a Bíblia, então há algo mais em jogo: eles precisam aceitar a responsabilidade, a culpa por estar ali.

[Projeto Spurgeon] C. H. Spurgeon - Diante da Porta Estreita


                                                             

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Por C. H. Spurgeon
Tradução e Edição: projetospurgeon.com.br
Permissões:
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Projeto Spurgeon

Paul Washer - O Porco

 


Por Paul Washer. © HeartCry Missionary Society Inc. Website: heartcrymissionary.com
Tradução e Legenda: Canal Estreito Caminho

A Coletânea de Jonathan Edwards: Quando a Justiça se Torna seu Guarda-costas


Trecho da Coletânea #38:
A redenção através de Cristo é particularmente maravilhosa por causa disso, na medida em que a justiça de Deus não é apenas aplacada naqueles que têm um interesse nele, mas os sustenta; não é apenas não-inimiga, mas uma amiga, em cada pormenor assim como a misericórdia.

A justiça exige adoção e glorificação, e importuna tanto por isso como sempre importunava antes para a miséria;  em cada aspecto do que ela é contra o perverso, é na mesma medida a favor do piedoso.

De fato, é abundantemente mais do que teria sido para Adão; para ele teria sido apenas porque Ele graciosamente prometeu; mas é favorecido aos crentes por causa do mérito absoluto do Filho de Deus, e por causa de um acordo eterno entre Deus e seu Filho.
Por Jonathan Edwards. Original: edwards.yale.edu
Tradução: voltemosaoevangelho.com
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[DEVOCIONAL] John Piper - O que É um Cristão?

John Piper - Uma Vida Voltada para DeusO que É um Cristão?

por John Piper

O que significa ser um cristão? Charles Hodge, um dos grandes teólogos reformados do século XIX, achou a resposta neste texto: “É ser constrangido por um senso do amor de nosso divino Senhor, de tal modo que Lhe consagramos nossa vida”.

Ser um cristão não significa apenas crer, de coração, que Cristo morreu por nós. Significa “ser constrangido” pelo amor demonstrado nesse ato. A verdade nos pressiona. Ela força e se apropria; impele e controla. A verdade nos cerca, não nos deixando fugir. Ela nos prende em gozo.

Como a verdade faz isso? Paulo disse que o amor de Cristo o constrangia por causa de um julgamento que ele fazia a respeito da morte: “Julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram”. Paulo se tornou cristão não somente por meio da decisão com base no fato de que Cristo morreu pelos pecadores, mas também por meio do sábio discernimento de que a morte de Cristo foi também a morte de todos aqueles em favor dos quais Ele morreu.

Em outras palavras, tornar-se um cristão é chegar a crer não somente que Cristo morreu por seu povo, mas também que todo o seu povo morreu quando Ele morreu. Tornar-se um cristão é, primeiramente, fazer esta pergunta: estou convencido de que Cristo morreu por mim e de que eu morri nEle? Estou pronto a morrer, a fim de viver no poder do amor dEle e para a demonstração da sua glória. Em segundo lugar, tornar-se um cristão significa responder sim, de coração.

O amor de Cristo nos constrange a responder sim. Sentimos tanto amor fluindo da morte de Cristo para nós, que descobrimos nossa morte na morte dEle — nossa morte para todas as lealdades rivais. Somos tão dominados (“constrangidos”) pelo amor de Cristo, que o mundo desaparece, como que diante de olhos mortos. O futuro abre um amplo campo de amor.

Um cristão é uma pessoa que vive sob o constrangimento do amor de Cristo. O cristianismo não é meramente crer num conjunto de doutrinas a respeito do amor de Cristo. É uma experiência de ser constrangido por esse amor — passado, presente, futuro.

Entretanto, esse constrangimento surge de um juízo que fazemos sobre a morte de Cristo: “Quando Ele morreu, eu morri”. É um julgamento profundo. “Assim como o pecado de Adão foi, legal e eficazmente, o pecado de toda a raça, assim também a morte de Cristo foi, legal e eficazmente, a morte de seu povo.” Visto que nossa morte já aconteceu, não temos mais condenação (Rm 8.1-3). Isto é a essência do amor de Cristo por nós. Por meio de sua morte imerecida, Cristo morreu nossa morte bem merecida e abriu o seu futuro como o nosso futuro.

Portanto, o juízo que fazemos sobre a sua morte resulta em sermos constrangidos pelo amor dEle. Veja como Charles Hodge expressou isso: “Um cristão é alguém que reconhece a Jesus como o Cristo, o Filho do Deus vivo, como Deus manifestado em carne, que nos amou e morreu por nossa redenção. É também uma pessoa afetada por um senso do amor deste Deus encarnado, a ponto de ser constrangida a fazer da vontade de Cristo a norma de sua obediência e da glória de Cristo o grande alvo em favor do qual ela vive”.

Como não viver por Aquele que morreu nossa morte, para que vivamos por sua vida? Ser um cristão é ser constrangido pelo amor de Cristo.



Extraído do livro: Uma Vida Voltada para Deus, de John Piper.

Copyright: © Editora FIEL

O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.

Paul Washer - As marcas do verdadeiro cristão



DOWNLOAD:
WMV

Por Paul Washer. © HeartCry Missionary Society Inc. Website: heartcrymissionary.com
Tradução e Legenda: Portal Testemunho

[REFORMANDA] Celebração dos 493 anos da Reforma Protestante (6)


Sola Fide

“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.” (Efésios 2:8-9)

Somente pela fé, e unicamente por ela, o pecador é salvo com base nos méritos eternos de Cristo. Sendo assim, a presente sola reafirma os três solas anteriores: a Escritura é o meio pelo qual Cristo é revelado, sendo este o alvo da fé, sendo que a fé é um presente concedido graciosamente por Deus “e isto (a fé) não vem de vós”.

Somente pela fé na pessoa e obra de Cristo é meio pelo qual Deus declara o pecador injusto em justo. A necessidade de tal ato se dá por causa da nossa total inabilidade e capacidade para satisfazer a justiça de Deus. Porque somos pecadores, todas as nossas obras estão corrompidas pelo pecado e, portanto, são inúteis a Deus, ou como a própria Escritura trata (Isaías 64:6) , como algo podre:

Diante da nossa impotência e incompetência, não podemos confiar em nossa carne, em nosso esforço e sim unicamente na obra de Cristo na cruz. A fé é a atitude de total confiança no que as Escrituras declaram a respeito de Cristo e sua Obra.

Auto-exame:
1) Você tem se achegado a Deus exclusivamente pela fé em Cristo, o novo e vivo caminho, reconhecendo que não há absolutamente nada de bom em você ou você tenta fazer alguma obra para que Deus o aceite? Essas obras podem ser: frequência no culto, dizimar ou ofertar, ler a Bíblia ou orar, ficar um tempo sem pecar. Pense nisto: Fé salvadora é o arremesso desesperado de uma alma desesperada nos braços de um Todo-Poderoso Salvador

2) A justificação pela fé não é somente o perdão dos pecados, mas Deus também imputa sobre aquele que crê a própria justiça perfeita de Cristo. Sendo assim, você tem se visto como Deus o vê, ou seja, alguém declarado como perfeitamente justo?

3) Você tem descansado na obra de Cristo como suficiente ou sempre se preocupado que Deus não irá aceitá-lo?

4) Algumas pessoas tem uma noção errada sobre a importância da fé, achando que depois que somos justificados pela fé somente, nós passamos a tentar ser aceitos diante de Deus, em nossa santificação, pelo cumprimento da lei moral de Deus (boas obras). Contudo a vida cristã é iniciada, mantida e finalizada pela fé. Você não vai obter nenhum progresso em santificação se você não estiver descansando em Cristo como sua justiça. Justificação é a base para santificação. Portanto, medite nisto: toda boa obra que você realiza buscando ser aceito diante de Deus é, em si, um pecado, pois está minimizando a glória de Cristo e sua dependência dele. Não faça boas obras para ser aceito diante de Deus, faça pois você o ama e quer que "os homens vejam a sua luz e glorifiquem a Deus".

5) Se há somente um Deus e todos somos igualmente pecadores e justificados unicamente pela fé, não há nenhum povo ou tipo de pessoa que o Evangelho não possa alcançar. Pense no impacto que isso tem sobre missões globais.

© Voltemos ao Evangelho. Website: voltemosaoevangelho.com
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O Ministério de música na Igreja

O Ministério de música na Igreja
Por.Filipe (guitarrista)


Quando falamos em ministério temos que primeiramente entender o sentido desta palavra. Na verdade, ministério significa serviço. Neste caso então, o serviço musical na igreja. Quero primeiramente destacar dois aspectos somente do termo "Ministério de Música".
1. Como todo ministério cristão, ele é voltado para a igreja. Todo o ministério não representa um título ou uma instituição em si mesma, é na verdade um serviço de edificação da igreja. Este é o principal propósito do ministério, a edificação do corpo de Cristo. Então o ministério não é voltado para si mesmo nem para exaltar ou promover homem algum, nem é um lugar de demonstração de talento. Todo o serviço musical que não é voltado para a igreja é não está ligado a Cristo não é ministério. Pode ser outra coisa como, grupo, conjunto, banda, até possuir gravações em Cd, mas, ministério...!
2. Outro ponto a ser observado é quanto à música. Há uma diferença entre música e louvor. Na verdade o ministério de louvor e adoração não existe de maneira exclusivista, como até por costume o nomeamos. O serviço de louvor e adoração é prática livre e espontânea de toda a igreja, não é de domínio de alguns "escolhidos". Assim como a oração, a meditação na palavra e outras disciplinas espirituais, a igreja de Cristo tem a liberdade de adorá-lo em espírito e em verdade (Jo 4.23,24). Já o serviço musical exige aptidão, capacitação e estudo específico, e que se faz necessária a separação de pessoas para este determinado fim. Concluímos que para a adoração basta ser igreja, mas, para a música precisa-se de instrução e chamado para este ministério.
  • O propósito do ministério de música
Temos muitas passagens bíblicas sobre a música e seus usos. Claro que a música por estar ligada a fatores culturais e sociais de cada povo e também por depender de questões temporais, ela varia e possui manifestações diferenciadas e cada uma com propósitos definidos. Mas o que precisamos entender acima destas coisas é o propósito desta música no contexto da igreja (igreja no sentido amplo, universal, sem denominacionalismos, o corpo de Cristo). Então, fora as questões peculiares de cada administração eclesiástica ou costumes e tradições evangélicas, a música deve estar inserida em dois contextos bíblicos, ao menos nestes padrões neo-testamentários para, de fato, atingir o propósito de sua existência ministerial.
· O primeiro está em Colossenses 3.16,17. A música está inserida no contexto de ensino, edificação da igreja. Para isto esta música, e claro, os músicos, devem ser conhecedores da palavra de Cristo, de maneira rica, abundante. Isto porque a música deve expressar e ser também um reflexo da palavra de Deus e da vida de Deus nos músicos. Os hinos e cânticos, sejam eles antigos ou novos, devem ter coerência com as escrituras e até cantar estas escrituras. Vemos muita poesia humana que até possue seu valor, mas o objetivo é declarar a palavra de Deus e não de homens através dos cânticos. Somente assim seremos edificados e edificaremos a igreja. Uma música ou ministério descomprometido com a palavra pode até fazer boa música, mas não a vontade de Deus.
· Em segundo lugar temos Efésios 5.18-20. Já este outro texto bíblico fala do enchimento do Espírito Santo e no qual, entre outros, a música está inserida. A música e a adoração podem e devem ter esta função de edificação, o enchimento sobrenatural da parte de Deus sobre nós, sua igreja. Isto não pode ser explicado naturalmente. A música, mais que isso, o ministério comprometido com Deus, tem a graça e unção para isto. Se este poder não for evidente na vida deste ministério algo está errado, porque é bíblico e normal este propósito. Pela escassez destas coisas na igreja moderna, parece que é algo anormal, que tem que se buscar com sacrifícios humanos, ou alguma técnica especial de composição ou maneira de cantar e tocar, esquecendo-se que de Sua plenitude recebemos graça sobre graça. É o poder de Deus e a liberdade do Espírito atuando sobre a igreja. A música exerce tanto um papel que propicia, favorece este ambiente como ela é um instrumento direto de edificação do espírito. Temos que compreender que a música por si só atinge a alma do homem, mas por também ser um meio de comunicação, ela atinge o intelecto e anuncia a palavra de Deus. Por isto a escritura nos incentiva a tal uso da música. Além do mais, basta observar os Salmos, Cantares de Salomão, Lamentações de Jeremias e outros textos bíblicos em forma de música, que tanto nos edificam.
Estes são, portanto, dois pilares neo-testamentários sobre os quais se apóia a música com propósito na igreja. Lembrando que, adoração é vida comum da igreja, mas para a música se faz necessário o chamado e a aptidão.

CAPÍTULO I DA ESCRITURA SAGRADA

CAPÍTULO I
DA ESCRITURA SAGRADA


I. Ainda que a luz da natureza e as obras da criação e da providência de tal modo manifestem a bondade, a sabedoria e o poder de Deus, que os homens ficam inescusáveis, contudo não são suficientes para dar aquele conhecimento de Deus e da sua vontade necessário para a salvação; por isso foi o Senhor servido, em diversos tempos e diferentes modos, revelar-se e declarar à sua Igreja aquela sua vontade; e depois, para melhor preservação e propagação da verdade, para o mais seguro estabelecimento e conforto da Igreja contra a corrupção da carne e malícia de Satanás e do mundo, foi igualmente servido fazê-la escrever toda. Isto torna indispensável a Escritura Sagrada, tendo cessado aqueles antigos modos de revelar Deus a sua vontade ao seu povo.


Sl.19:1-4; Rm.1:32-2:1; Rm.1:19-20; Rm.2:14-15; I Co.1:21; I Co.2:13-14; Hb.1:1-2; Lc.1:3-4; Rm.15:4; Mt.4:4,7,10; Is.8:20; I Tm.3:15; II Pe.1:19.


II. Sob o nome de Escritura Sagrada, ou Palavra de Deus escrita, incluem-se agora todos os livros do Velho e do Novo Testamento, que são os seguintes, todos dados por inspiração de Deus para serem a regra de fé e de prática:
























































O VELHO TESTAMENTO
Gênesis1ReisEclesiastesObadias
Êxodo2ReisCantaresJonas
Levítico1CrônicasIsaíasMiquéias
Números2CrônicasJeremiasNaum
DeuteronômioEsdrasLamentaçõesHabacuque
JosuéNeemiasEzequielSofonias
JuizesEsterDanielAgeu
RuteOséiasZacarias
1SamuelSalmosJoelMalaquias
2SamuelProvérbiosAmós









































O NOVO TESTAMENTO
MateusEfésiosHebreus
MarcosFilipensesTiago
LucasColossenses1Pedro
João1Tessalonissenses2Pedro
Atos2Tessalonissenses1João
Romanos1Timóteo2João
1Coríntios2Timóteo3João
2CoríntiosTitoJudas
GálatasFilemomApocalipse

Ef.2:20; Ap.22:18-19: II Tm.3:16; Mt.11:27.


III. Os livros geralmente chamados Apócrifos, não sendo de inspiração divina, não fazem parte do cânon da Escritura; não são, portanto, de autoridade na Igreja de Deus, nem de modo algum podem ser aprovados ou empregados senão como escritos humanos.


Lc.24:27,44; Rm.3:2; II Pe.1:21.


IV. A autoridade da Escritura Sagrada, razão pela qual deve ser crida e obedecida, não depende do testemunho de qualquer homem ou igreja, mas depende somente de Deus (a mesma verdade) que é o seu autor; tem, portanto, de ser recebida, porque é a palavra de Deus.


II Tm.3:16; I Jo.5:9, I Ts.2:13.


V. Pelo testemunho da Igreja podemos ser movidos e incitados a um alto e reverente apreço da Escritura Sagrada; a suprema excelência do seu conteúdo, e eficácia da sua doutrina, a majestade do seu estilo, a harmonia de todas as suas partes, o escopo do seu todo (que é dar a Deus toda a glória), a plena revelação que faz do único meio de salvar-se o homem, as suas muitas outras excelências incomparáveis e completa perfeição, são argumentos pelos quais abundantemente se evidencia ser ela a palavra de Deus; contudo, a nossa plena persuasão e certeza da sua infalível verdade e divina autoridade provém da operação interna do Espírito Santo, que pela palavra e com a palavra testifica em nossos corações.


I Tm.3:15; I Jo.2:20,27; Jo.16:13-14; I Co.2:10-12.


VI. Todo o conselho de Deus concernente a todas as coisas necessárias para a glória dele e para a salvação, fé e vida do homem, ou é expressamente declarado na Escritura ou pode ser lógica e claramente deduzido dela. À Escritura nada se acrescentará em tempo algum, nem por novas revelações do Espírito, nem por tradições dos homens; reconhecemos, entretanto, ser necessária a íntima iluminação do Espírito de Deus para a salvadora compreensão das coisas reveladas na palavra, e que há algumas circunstâncias, quanto ao culto de Deus e ao governo da Igreja, comum às ações e sociedades humanas, as quais têm de ser ordenadas pela luz da natureza e pela prudência cristã, segundo as regras gerais da palavra, que sempre devem ser observadas.


II Tm.3:15-17; Gl.1:8; II Ts.2:2; Jo.6:45; I Co.2:9-10,l2; I Co.11:13-14.


VII. Na Escritura não são todas as coisas igualmente claras em si, nem do mesmo modo evidentes a todos; contudo, as coisas que precisam ser obedecidas, cridas e observadas para a salvação, em um ou outro passo da Escritura são tão claramente expostas e explicadas, que não só os doutos, mas ainda os indoutos, no devido uso dos meios ordinários, podem alcançar uma suficiente compreensão delas.


II Pe.3:16; Sl.119:105,130; At.17:11.


VIII. O Velho Testamento em Hebraico (língua vulgar do antigo povo de Deus) e o Novo Testamento em Grego (a língua mais geralmente conhecida entre as nações no tempo em que ele foi escrito), sendo inspirados imediatamente por Deus e pelo seu singular cuidado e providência conservados puros em todos os séculos, são por isso autênticos e assim em todas as controvérsias religiosas a Igreja deve apelar para eles como para um supremo tribunal; mas, não sendo essas línguas conhecidas por todo o povo de Deus, que tem direito e interesse nas Escrituras e que deve no temor de Deus lê-las e estudá-las, esses livros têm de ser traduzidos nas línguas vulgares de todas as nações aonde chegarem, a fim de que a palavra de Deus, permanecendo nelas abundantemente, adorem a Deus de modo aceitável e possuam a esperança pela paciência e conforto das escrituras.


Mt.5:18; Is.8:20; II Tm.3:14-15; I Co.14:6,9,11-12,24,27-28; Cl.3:16; Rm.15:4.


IX. A regra infalível de interpretação da Escritura é a mesma Escritura; portanto, quando houver questão sobre o verdadeiro e pleno sentido de qualquer texto da Escritura (sentido que não é múltiplo, mas único), esse texto pode ser estudado e compreendido por outros textos que falem mais claramente.


At.15:15; Jo.5:46; II Pe.1:20-21.


X. O Juiz Supremo, pelo qual todas as controvérsias religiosas têm de ser determinadas e por quem serão examinados todos os decretos de concílios, todas as opiniões dos antigos escritores, todas as doutrinas de homens e opiniões particulares, o Juiz Supremo em cuja sentença nos devemos firmar não pode ser outro senão o Espírito Santo falando na Escritura.


Mt.22:29,31; At.28:25; Gl.1:10.

CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER (1647)1

Introdução

(Nota Histórica de J.M.K., extraída da edição da EPPL - Rio de Janeiro, 1943)


Desde Julho de 1643 até Fevereiro de 1649, reuniu-se em uma das salas da Abadia de Westminster, na cidade de Londres, o Concílio conhecido na história pelo nome de Assembléia de Westminster. Este Concílio foi convocado pelo Parlamento Inglês, para preparar uma nova base de doutrina e forma de culto e governo eclesiástico que devia servir para a Igreja do Estado nos Três Reinos. [Inglaterra, Escócia e País de Gales]


Em um sentido, a ocasião não foi propícia. Já começara a luta entre o Parlamento e o rei Carlos I, e durante as sessões do Concílio o país foi agitado pela revolução em que o rei perdeu a vida e Cromwell tomou as rédeas do governo. Em outro sentido, a ocasião foi oportuna. Os teólogos mais eruditos daquele tempo tomaram parte nos trabalhos da Assembléia. A Confissão de Fé e os Catecismos foram discutidos ponto por ponto, aproveitando-se o que havia de melhor nas Confissões já formuladas, e o resultado foi a organização de um sistema de doutrina cristã baseado na Escritura e notável pela sua coerência em todas as suas partes.


O Parlamento não conseguiu o que almejava quando nomeou os membros do Concílio. A Confissão de Fé foi aprovada, mas apenas poucos meses a Igreja Presbiteriana foi nominalmente a Igreja do Estado na Inglaterra.


A Confissão de Westminster foi a última das confissões formuladas durante o período da Reforma. Até agora tem havido na história da Igreja somente dois períodos que se distinguiram pelo número de credos ou confissões que neles foram produzidos. O primeiro pertence aos séculos IV e V, que produziram os credos formulados pelos concílios ecumênicos de Nicéia, Constantinopla, Éfeso e Calcedônia; o segundo sincroniza com o período da Reforma. Os símbolos do primeiro período chamam-se "credos", os do segundo "confissões". Uma comparação entre o Credo dos Apóstolos, por exemplo, e a Confissão de Westminster mostrará a diferença. O Credo é a fórmula de uma fé pessoal e principia com a palavra "Creio". A Confissão de Fé de Westminster segue o plano adotado no tempo da Reforma, é mais elaborada e apresenta um pequeno sistema de teologia. Esse sistema é conhecido pelo nome de Calvinismo, por ser o que João Calvino ensinou e foi aceito pelas Igrejas Reformadas, que diferiam das Luteranas.


A utilidade de uma Confissão de Fé evidenciou-se na história das Igrejas Reformadas ou Presbiterianas. Sendo a Confissão de Westminster a mais perfeita que elas têm podido formular, serve de laço de união e estreita as relações entre os presbiterianos de todo o mundo. Os Catecismos especialmente têm servido para doutrinar a mocidade nas puras verdades do Evangelho.


No tempo em que se reuniu a Assembléia, e por muito tempo antes, todos sustentavam a necessidade da união da Igreja e do Estado, e originalmente havia no Capítulo que trata do Magistrado Civil uma secção ensinando essa necessidade.


Ao formar-se a Igreja Presbiteriana nos Estados Unidos da América do Norte, em 1788, essa secção foi omitida, pois ali quase todos entendiam que a Igreja devia estar livre de toda união com o Estado, sendo ambos livres e independentes na esfera que lhes pertence. Em 1887, ou quase cem anos mais tarde, a Igreja geralmente chamada Igreja do Norte eliminou a última parte da Secção IV do Capítulo XXIV, que dizia:


"O viúvo não pode desposar nenhuma parenta carnal de sua mulher nos graus de parentesco em que não possa desposar uma das suas próprias parentas, nem a viúva poderá casar-se com um parente carnal de seu marido nos graus de parentesco em que não possa casar-se com um de seus próprios parentes".


O Sínodo do Brasil organizado em 1888 fez igual eliminação.


No ano 1903 a mesma Igreja do Norte dos Estados Unidos fez outras emendas mais importantes que, por serem de interesse geral, ficam aqui registradas. As duas Secções que foram modificadas, rezam do modo seguinte:


CAPÍTULO XVI - SECÇÃO VII


As obras feitas pelos não regenerados, embora sejam quanto à matéria coisas que Deus ordena e em si mesmas louváveis e úteis, e embora o negligenciá-las seja pecaminoso e ofensivo a Deus, não obstante, em razão de não procederem de um coração purificado pela fé, elas não são feitas devidamente - segundo a Palavra - nem para um fim justo - a glória de Deus - e ficam aquém do que Deus exige e não podem preparar homem algum para receber a graça de Deus.


CAPÍTULO XXV - SECÇÃO VI


Nosso Senhor Jesus Cristo é o único Cabeça da Igreja, e a pretensão de qualquer homem ser vigário de Cristo e cabeça da Igreja, é contrária à Escritura nem tem base alguma na História e é uma usurpação que desonra o nosso Senhor Jesus Cristo.


Também foram acrescentados mais dois Capítulos à Confissão de Fé, que são os seguintes:


CAPÍTULO XXXIV - DO ESPÍRITO SANTO


CAPÍTULO XXXV - DO AMOR DE DEUS E DAS MISSÕES