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Nossa Vocação e Eleição – Jonathan Edwards (1703-1758)


Aquela religião que Deus requer, e irá aceitar, não consiste de desejos fracos, mórbidos e sem vida, que sequer nos tiram de um estado de indiferença. Deus, em sua palavra, insiste grandemente nisto, que estejamos em boa, séria e fervorosa disposição, e nossos corações vigorosamente engajados na religião...

Os que assim insistem no "pessoas vivendo pela fé" — enquanto elas não têm qualquer vivência prática e estão em muito más condições — são também muito absurdos em sua noção de fé. O que eles entendem por "fé" é crer que tais pessoas estão em bom estado. Por isso, consideram ser um pecado terrível elas duvidarem de seu estado, não importa em que condições estejam e quais impiedades pratiquem, pois esse é o grande e odioso pecado da incredulidade.

E o melhor homem, o que mais honra a Deus, é aquele que mantém a esperança de seu bom estado da forma mais confiante e inalterável, só tendo o mínimo de evidência ou experiência; isto é, quando ele está nas piores condições e situações. Porque, deveras, isto é um sinal de que ele é forte na fé, dando glória a Deus, e contra a esperança crê na esperança. Mas de que Bíblia eles aprendem essa noção de "fé", de que fé é o homem crer, confiantemente, que está num bom estado? Se isto é fé, os fariseus tinham fé em grau eminente; e alguns deles, Cristo ensina, cometeram o pecado imperdoável contra o Espírito Santo...

...Pode ser por incredulidade ou por terem tão pouca fé, que eles têm tão pouca evidência de seu bom estado. Se tivessem mais experiência em atitudes de fé e, portanto, maior experiência no exercício da graça, teriam evidência mais clara de que seu estado é bom; e, assim, suas dúvidas seriam removidas...

...Não é desígnio de Deus que os homens obtenham segurança por qualquer outro meio senão a mortificação da corrupção, o crescimento na graça e a obtenção dos seus exercícios de vida. E apesar de o auto-exame ser um dever de grande utilidade e importância, e que de forma alguma deve ser negligenciado, esse não é o meio principal pelo qual os santos obtêm a certeza do seu bom estado. A segurança não se obtém tanto pelo auto-exame, mas pela ação. Foi desse modo, principalmente, que o apóstolo Paulo procurou segurança, a saber, esquecendo-se das coisas que para trás ficavam e buscando as que estavam à frente, prosseguindo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus; para de algum modo alcançar a ressurreição dentre os mortos.

E foi principalmente por esse meio que ele alcançou a segurança (1 Coríntios 9.26). "Assim corro também eu, não sem meta." Ele obteve a segurança de receber o prêmio mais por correr do que por considerar... Ser totalmente diligente quanto ao crescimento na graça, acrescentar à fé a virtude, etc, é a orientação que nos dá o apóstolo Pedro para confirmarmos a nossa vocação e eleição e termos amplamente suprida a nossa entrada no reino eterno de Cristo. Sem isso, nossos olhos estarão obscurecidos, e seremos como homens nas trevas; não poderemos ver claramente nem o perdão dos nossos pecados passados, nem a nossa herança celestial, que é futura e distante (2 Pe 1.5-11).

John MacArthur – Repense seu Amor por Cristo


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AVI
Por John MacArthur. © Grace To You. Website:gty.org

Tradução e Edição: voltemosaoevangelho.com


Permissões:
Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que adicione as informações supracitadas, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.

[ENCARNAÇÃO] Ronald Hanko - A Natureza Humana Fraca de Cristo



Olhemos agora para a quarta grande verdade sobre a natureza humana de Cristo: que aquele que agora tem uma natureza humana glorificada, teve uma natureza humana fraca enquanto na terra. Sua natureza humana, além de real , completa e sem pecado , era fraca .



Porque Cristo tinha uma natureza humana fraca, durante seu tempo de vida terreno ele esteve sujeito a todos os males resultantes do pecado, embora não ao próprio pecado. Ele esteve sujeito à doença, fome, sofrimento, dor, fraqueza e até mesmo à morte, assim como nós. Ele foi “tocado com o sentimento das nossas fraquezas” (Hb. 4:15, KJV).



Romanos 8:3, que diz que Cristo veio em semelhança da carne do pecado, também ensina essa verdade. Visto que o versículo não pode significar que ele mesmo era pecador, o mesmo pode se referir apenas ao fato que ele estava sujeito a todos os males que o pecado trouxe sobre nós, a saber, às fraquezas da nossa carne do pecado.



Cristo, então, não veio em semelhança da carne sem pecado . Ele não era como Adão, que após ser criado desfrutou de toda a glória e esplendor do seu primeiro estado. Ele foi feito como nós, que perdemos aquele estado e recebemos não somente a depravação e culpa, mas também a maldição de Deus.



Essa é uma verdade importante. Enfermidade, sofrimento, dor e morte são resultados do nosso pecado e da maldição de Deus sobre nós. Cristo ter suportado as nossas fraquezas é parte dele ter sido feito maldição para nós. Ele tomou todas as nossas fraquezas sobre si, tomando nossa maldição e afastando-a de nós. Que conforto para nós, portanto, são todas as suas fraquezas!




Isaías disse tudo isso quando profetizou de Cristo e o chamou de “homem de dores e que sabe o que é padecer” (Is. 53:3, RA). Seus sofrimentos, disse Isaías, deveriam ser explicados assim: “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si… ele foi traspassado pelas nossas tr ansgressões e moído pelas nossas iniqüidades ”. Por seu sofrimento, dor e tristeza “o castigo que nos traz a paz estava sobre ele” (vv. 4,5).



Não foi apenas a morte de Cristo que teve poder expiatório, mas também o sofrimento que ele suportou durante toda a sua vida sobre a terra. Ele confessou isso quando disse: “Porque a minha vida está gasta de tristeza, e os meus anos, de suspiros; a minha força descai por causa da minha iniqüidade, e os meus ossos se consomem” (Sl. 31:10).



Existe conforto adicional para nós nas aflições e sofrimentos de Cristo; elas significam que ele conhece nossas provações e sofrimentos por experiência própria. Ele passou por elas, e não podemos dizer que ninguém pode entender verdadeiramente nossas provações. Cristo entende!



Dessa forma, também, as fraquezas, dores, tristezas e sofrimentos do nosso Salvador são parte da nossa salvação. Que não apenas contemplemos e vejamos que não existe nenhuma dor como a sua (Lm. 1:2), mas creiamos nisso!



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Por Ronald Hanko. Tradução: monergismo.com

[DEVOCIONAL] John Piper - Fontes Transcendentes de Ternura

John Piper - Uma Vida Voltada para DeusFontes Transcendentes de Ternura
por John Piper


A ternura de Deus para com os humildes está arraigada em sua auto-suficiência transcendente. Isto significa que aqueles que amam enaltecer a grandeza de Deus (o que todos deveriam fazer, de acordo com Salmos 40.16) precisam deleitar-se na ternura para com os humildes. Deus exalta a sua auto-suficiência transcendente por amar o órfão, a viúva e o estrangeiro.

Deus é Deus sobre todos os outros deuses. Ele é o Senhor sobre todos os senhores. Ele é "grande". É "poderoso". É "temível". Com base nesta grandeza, Moisés disse que Deus "não faz acepção de pessoas, nem aceita suborno". Tudo isso enfatiza a auto-suficiência transcendente de Deus. Ele não aceita suborno, porque não tem motivo para aceitá-lo. Deus já possui todo o dinheiro do universo, e controla o subornador. Ele está acima dos subornos como o sol está acima das velas ou como a beleza está acima dos espelhos.

Moisés também disse que Deus não faz acepção de pessoas. Ou seja, Ele não tenta conquistar o favor de alguém por meio de tratamento especial. Fazer acepção de pessoas é outro tipo de suborno, não com dinheiro, mas com tratamento privilegiado. Deus está acima disso, porque não precisa do favor dos outros. Se Ele quer que algo seja feito, não fica preso a estratégias coercivas. Ele simplesmente o realiza. Fazer acepção de pessoas é o que você faz, quando não pode enfrentar as conseqüências da justiça. Mas Deus não é somente capaz de enfrentar essas conseqüências, Ele é a fonte de toda capacidade de enfrentá-las. Deus não depende de ninguém, além dEle mesmo. Ele é transcendentemente auto-suficiente.

Agora, temos a parte mais preciosa. Com base nessa auto-suficiência transcendente, Moisés disse que Deus "faz justiça ao órfão e à viúva e ama o estrangeiro, dando-lhe pão e vestes". Visto que Deus não pode ser subornado pelo rico e não tem deficiências a serem remediadas por meio do favoritismo, Ele trabalha em favor daqueles que não se podem dar ao luxo de pagar subornos e que nada têm para atrair a parcialidade dEle — o órfão, a viúva e o estrangeiro. Esta é a razão por que eu disse que a ternura de Deus para com o humilde está arraigada em sua auto-suficiência transcendente.

Em seguida, temos a aplicação no versículo 19: "Amai, pois, o estrangeiro, porque fostes estrangeiros na terra do Egito". Isto não deve ser feito por sermos transcendentemente auto-suficientes. Deve ser feito por sermos os beneficiários da abundante plenitude transcendente de Deus. Visto que o nosso Deus transcendente age por nós e nos satisfaz consigo mesmo, podemos nos unir a Ele em condescendência. Esta é a razão para crermos que continuaremos a ser beneficiários, se não tentarmos suborná-Lo com nossas obras ou exibir-nos para conquistar a predileção dEle. Se nos reconhecermos como pessoas em condição de desamparo, semelhante à de uma viúva, de um órfão ou de um estrangeiro, e dependermos da espontânea graça futura de um Salvador auto-suficiente, seremos amados para sempre. E, sendo amados dessa maneira, teremos poder e prazer em amar como somos amados.

Isto é o que está subentendido em Tiago 1.27: "A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações". Esta é a verdadeira religião, porque flui da auto-suficiência transcendente de Deus, é sustentada pela sua graça e ecoa para a sua glória. Isto não corresponde a fazer o bem socialmente. É uma evidência da abundante provisão de Deus. Que Deus nos torne um povo cheio de ternura, para a glória de sua transcendente auto-suficiência!






Extraído do livro: Uma Vida Voltada para Deus, de John Piper.



Copyright: © Editora FIEL



O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.

John Piper - Plena Satisfação em Deus [Sessão 6]

O AMOR VERDADEIRO: Dever ou Deleite? (parte 2)



Veja nesta série, as seguintes sessões:

A BUSCA PELA ALEGRIA: Uma História Pessoal
A SUPREMACIA DE DEUS: Deus é Vaidoso?
BUSCAR A PRÓPRIA ALEGRIA: Isso não é Hedonismo?
BUSCAR A PRÓPRIA ALEGRIA: Uma Ordem de Deus!
O AMOR VERDADEIRO: Dever ou Deleite? (parte 1)




Por John Piper. © Desiring God. Website: desiringGod.org
Disponibilizado pela: editoraFIEL.com.br

John Piper - Plena Satisfação em Deus [Sessão 7]





SOFRIMENTO: Pela alegria que está proposta (parte 1)




Plena Satisfação em Deus - Parte 7 from Editora Fiel on Vimeo.







Esta séries de mensagens foram criadas originalmente pelo Desiring God para servirem como estudos curtos para grupos pequenos, ensinando a busca de nossa alegria em Deus. Se você faz parte ou lidera um grupo pequeno, considere adquirir o DVD com todas as mensagens na Editora Fiel.







Por
John Piper. © Desiring God. Website: desiringGod.org

Disponibilizado pela: editoraFIEL.com.br

Soberania de Deus: Logicidade x Biblicidade



Uma das mais famosas objeções à Soberania de Deus é a suposta incoerência lógica em aceitar que O Senhor preordena cada detalhe do universo e, mesmo assim, os homens continuam agentes responsáveis. É interessante notarmos, primeiramente, que essa não é uma critica teológica, mas filosófica. Ou seja, ela apresenta uma falta de comprometimento com os textos bíblicos que defendem a Soberania Absoluta de Deus sobre tudo e atem-se às considerações decorrentes da análise teológica. Logo, essa questão não é o centro da discussão (que são os textos bíblicos), mas um ponto secundário.


É triste ver que algumas pessoas rejeitam algum ensino ou por não gostarem dele ou por o acharem intelectualmente confuso, quando, na verdade, o único ponto que deveria influir na aceitação de uma doutrina deveria ser sua coerência com as Escrituras. Quando vejo alguém rejeitar a Soberania de nosso Deus porque isso soa paradoxal, só posso acreditar que tal homem não crê verdadeiramente na Sola Scriptura.


Deixe-me citar um exemplo. Se considerarmos as “Testemunhas de Jeová”, veremos que elas submetem as Escrituras à sua lógica, e não o contrário. Elas alegam que é logicamente incoerente um Deus amoroso mandar pessoas para sofrerem eternamente no inferno. Essa é a base para a interpretação delas. Assim sendo, ao invés das Escrituras ditarem o que é lógico ou não, essa análise fraca delas é quem guia a leitura bíblica. Logo, todo verso que fala do inferno de fogo é deturpado, retalhado e ignorado. É certo que a maioria das pessoas age assim. Os conceitos pré-formados é que ditam o entendimento das Sagradas Letras. No lugar de submeter o que cremos ser lógico à Luz das Escrituras, queremos que a Bíblia siga nossos pobres e inferiores padrões de raciocínio. Com isso, não só minimizamos Deus, mas também deturpamos Sua Palavra.


Voltando a questão inicial, precisamos responder a alegação de que é contraditório Deus preordenar cada detalhe do universo, até mesmo os desígnios dos homens, e os seres humanos continuarem sendo responsáveis pelas suas atitudes. Para isso, precisamos definir o que é um pa-radoxo, uma contradição e um mistério.


Resumidamente, paradoxo é uma aparente contradição que, com uma análise mais profunda, poderá ser descoberta como uma contradição ou não. Por exemplo, quando Jesus disse que quem perdesse a vida por causa d'Ele a acharia (Mt 10:39), isso é um verdadeiro paradoxo. Como eu acho a minha vida perdendo-a? Com um estudo mais cuidadoso, vemos que o que Jesus estava dizendo era que quem perde sua vida nesta terra, encontrará vida novamente nos céus. Logo, esse paradoxo revelou-se como coerente e não como uma contradição.


Sobre o que significa uma contradição, R. C. Sproul o define muito bem em seu livro Essential Truths of the Christian Faith:


O termo paradoxo é freqüentemente mal-interpretado como sendo sinônimo de contradição; agora, inclusive, aparece em alguns dicionários como um significado secundário desse termo. Uma contradição é uma afirmação que viola a lei clássica da não-contradição. A lei da não-contradição declara que A não pode ser A e não-A ao mesmo tempo e no mesmo contexto. Quer dizer, algo não pode ser o que é e não ser o que é ao mesmo tempo e no mesmo contexto. Essa é a mais fundamental de todas as leis da lógica. Ninguém pode entender uma contradição, porque uma contradição é inerentemente incompreensível. Nem mesmo Deus pode entender contradições; entretanto, certamente Ele pode reconhecê-las pelo que são - falsidades.



Já o termo mistério refere-se a algo que ainda não nos foi revelado pelas Escrituras. Algo que nós não conseguimos compreender nesta terra, mas que entenderemos quando Cristo nos revelar nos céus.


Então, depois que consideramos esses termos, o que dizer sobre a Soberania de Deus e a responsabilidade do homem? Primeiro, precisamos analisar o que as Escrituras dizem sobre isso. E neste ponto, podemos ver claramente o Senhor mostrando-se Soberano sobre o homem enquanto este é responsável por suas escolhas:


1. Deus engana o profeta e o pune por ter sido enganado;


"E se o profeta for enganado, e falar alguma coisa, eu, o SENHOR, terei enganado esse profeta; e estenderei a minha mão contra ele, e destruí-lo-ei do meio do meu povo Israel. E levarão sobre si o castigo da sua iniqüidade; o castigo do profeta será como o castigo de quem o consultar" (Ezequiel 14:9,10).


2. O Faraó endurece o próprio coração, sendo Deus o responsável por tal atitude;


“Vendo Faraó que cessou a chuva, e a saraiva, e os trovões, pecou ainda mais; e endu-receu o seu coração, ele e os seus servos. Assim o coração de Faraó se endureceu, e não deixou ir os filhos de Israel, como o SENHOR tinha dito por Moisés. Depois disse o SENHOR a Moisés: Vai a Faraó, porque tenho endurecido o seu coração, e o coração de seus servos, para fazer estes meus sinais no meio deles, e para que contes aos ouvidos de teus filhos, e dos filhos de teus filhos, as coisas que fiz no Egito, e os meus sinais, que tenho feito entre eles; para que saibais que eu sou o SENHOR” (Êxodo 9:34 – 10:2).


3. Os homens mataram Jesus, porém Deus havia pré-determinado tal ato;


"A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendes-tes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos" (Atos 2:23).
"Porque verdadeiramente contra o teu santo Filho Jesus, que tu ungiste, se ajuntaram, não só Herodes, mas Pôncio Pilatos, com os gentios e os povos de Israel; para fazerem tudo o que a tua mão e o teu conselho tinham anteriormente determinado que se havia de fazer" (Atos 4:27,28).



4. Satanás incitou Davi a fazer um censo, sendo isso uma punição do próprio Deus.


"Tornou a ira do SENHOR a acender-se contra os israelitas, e ele incitou a Davi contra eles, dizendo: Vai, levanta o censo de Israel e de Judá” (II Sm 24:1).
“Então, Satanás se levantou contra Israel e incitou a Davi a levantar o censo de Israel” (1 Cr 21:1)


Como negar tais textos? O próprio Deus, cuja vontade ninguém pode resistir, engana o pro-feta para profetizar e condena-o por ter profetizado. O Faraó endurece o próprio coração – sendo condenado por isso – ao mesmo tempo em que Deus é quem endurece o coração dele. Os homens cometeram o pecado de matar Jesus, mas Deus havia predeterminado tal ato desde antes da fundação do mundo. Foi Satanás quem incitou Davi ou foi Deus quem o fez? Existem várias considerações que precisariam acompanhar esses textos, mas, por ora, a resposta suficiente é: Deus é Soberano sobre tudo de um modo tal que, incompreensivelmente, os seres continuam agentes livres e responsáveis.


Muitos poderão levantar-se e retrucar: “Isso é contraditório!”. Na verdade, isso é paradoxal. Não encontramos a regra da não-contradição sendo quebrada em parte alguma. Ou seja, precisamos de uma análise mais profunda para descobrir se esse paradoxo é coerente ou não.


Embora isso não seja unânime, acredito que esse paradoxo, na verdade, é um mistério. As Escrituras não revelam como Deus opera para que o homem seja responsável por suas atitudes ao mesmo tempo em que Ele preordena cada atitude dos homens. Outros podem questionar que, por ser algo que não nos foi revelado, não pode ser ensinado ou crido. Mas será que isso é realmente coerente? Para muitos, os elétrons se comportarem como ondas e partículas simultaneamente é paradoxal, mas isso não deixa de ser ensinado nas escolas, pois eles acreditam que, no futuro, quando homens com mentes mais elevadas surgirem, os estudos avançarão e conseguiremos compreender esse mistério.


A questão real é: o que define uma doutrina como ilógica? Creio que sua incoerência com as Escrituras, e não sua facilidade de ser entendida. Sei que teremos uma resposta lógica de Deus nos céus, quando nossa mente for restaurada e elevada, mas, hoje, só posso esperar que os homens contentem-se com a informação que temos: “A Bíblia assim ensina”. Desta maneira, confiaremos mais no que Deus revela através de Sua Palavra, e não em nossa pobre ignorância. Obedeceremos, assim, o mandamento de Deuteronômio: “As coisas encobertas pertencem ao SENHOR...” (29:29).